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Foto: Pixabay
Bombardeado por grupos que disseminam mensagens falsas em todo o mundo, o WhatsApp anunciou que houve redução em 70% do número de mensagens frequentemente encaminhadas. No começo do mês, a empresa atualizou o aplicativo limitando o reenvio de conteúdos populares para um contato por vez. Antes, uma mensagem retransmitida diversas vezes podia ser repassada pelo usuário para até cinco pessoas ou grupos.
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O objetivo, segundo o WhatsApp, é combater a desinformação e reforçar o caráter privado e pessoal da plataforma. Durante a pandemia do novo coronavírus, o aplicativo tem sido um dos principais canais de disseminação de notícias falsas.
Mais da metade das sugestões enviadas ao site do Comprova, coalizão que reúne 24 veículos de imprensa na checagem de conteúdos sobre coronavírus, são informações que circulam no WhatsApp. Nos últimos 30 dias, 58% das cerca de 6 mil mensagens recebidas eram do aplicativo de mensagem,
Assim como no Brasil, outros países do mundo são inundados com notícias falsas. No Canadá, por exemplo, manifestações nas redes estimularam protesto na cidade de Vancouver neste mês. Manifestantes favoráveis a reabertura da economia afirmavam que o coronavírus não passa de "fake news".
As mensagens costumam ter o mesmo padrão: acusam os governadores de inflarem números, trazem relatos de pessoas que se passam por profissionais da saúde ou coveiros negando a gravidade da pandemia ou apelam para que as pessoas voltem a trabalhar. A produção de notícias falsas cresce em dias de grandes acontecimentos, como as demissões dos ex-ministros do governo Bolsonaro Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta.
A atualização não impede efetivamente uma pessoa com motivação política de disseminar as notícias falsas. Apesar de limitar o reenvio de mensagens para um contato por vez, não há número máximo para encaminhamento de conteúdos, e o usuário ainda pode enviá-los para quantas pessoas quiser.